Fake news foi a palavra do ano de 2017 nos EUA e promete repetir a performance no Brasil, com as eleições chegando e uma enxurrada de notícias falsas sendo distribuídas pelas redes sociais.
As fake news não envolvem apenas a política em tempos de eleição, podem ser sobre qualquer assunto, podem envolver foto montagens ou legendas e falas falsas em vídeos. Há também todo tipo de boato, criado para aumentar o tráfego em sites, que vivem de popularidade e cliques.
A dica para quem quer conferir verdades e mentiras é acessar as agências Lupa, Aos Fatos e Boatos.org (é só clicar nos nomes), além do consórcio de 24 veículos de imprensa que bancam o projeto Comprova. Você vai levar um susto com a quantidade de fake news que circulam e chegam até você, e com a quantidade de compartilhamentos que alcançam.
Já o termo pós-verdade refere-se a um aspecto da sociedade atual, na qual parecer é mais importante do que ser, na qual crenças e emoções importam mais do que os fatos na hora de moldar opiniões. Estamos falando de algo que parece ser verdade porque no fundo é o que eu quero ouvir ou porque vai ao encontro de algo que já acredito.
Pós-verdade e fake news são conceitos próximos, mas não iguais. No fake news inventam-se mentiras; no pós-verdade, manipulam-se sentimentos. O historiador Leandro Karnal explica a diferença em vídeo, que você pode assistir clicando aqui.
O conceito de pós-verdade vale também para definir a vida mostrada no Facebook e Instagram, muito mais interessante, feliz e bela do que a real, mesmo com imagens alteradas por filtros e recursos de Photoshop, mesmo com a escolha de se mostrar apenas momentos bons da vida. Quem vê, acredita que a vida daquela pessoa é de fato a mostrada, não a vivida.