A sensação de que a sociedade evolui mais rapidamente do que a nossa capacidade de se adaptar é um sentimento comum. E tem explicação.
O inventor e escritor americano Buckminster Fuller criou a escala “Knowledge Doubling Curve” ainda em 1983. Ela mostra que, até 1900, a humanidade levava cerca de 100 anos para dobrar o conhecimento acumulado. Ao final da Segunda Guerra Mundial, o conhecimento dobrava a cada 25 anos. Hoje, dobra a cada 18 meses e já há previsão de que chegue a 12 horas com o advento da Internet das Coisas.
Pessoas, profissionais e empresas, obviamente, sofrem para acompanhar e o resultando disso é o Darwinismo Digital. O consultor Brian Solin cunhou esse termo para explicar a dificuldade que empresas têm de se atualizar e abraçar as constantes inovações, sendo ultrapassadas por concorrentes. Nesse processo, as mais ágeis na adaptação têm mais condições de sobrevivência no mercado, seguindo a lógica da teoria de Darwin sobre a seleção natural das espécies.
Atentas, várias grandes empresas têm feito parcerias com startaups e estão criando áreas de inovação. Porém, não são apenas empresas que ficam para trás. Pessoas e profissionais também precisam adaptar-se continuamente ou terão seu espaço tomado. É preciso se reinventar o tempo todo. E estar aberto ao novo.
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Roberta Rossetto é jornalista e consultora de marketing digital.
Arte: Lia Barros @aliaquefez_